A coragem de ser um facilitador: Os tropeços para aprender e ensinar dinâmicas de ideação
Quando fui convidado para dar aula de ideação para uma turma de graduação em design não sabia o quanto seria desafiador. Apesar de estar empolgado, seria minha primeira vez dando aula. Como montar um plano de 60 horas de aula!? Como saber se aprendizado está sendo eficiente e prazeroso? Como engajar a turma?
Por sorte, tive a ajuda de mentores para encarar esse desafio. Descobri que design se aprende fazendo mas para ensinar só a prática não basta. Também que é preciso mergulhar na teoria, lidar com diferentes personalidades e expectativas em sala. E que dar aula é como o processo de design, exploratório (muitas pesquisas), participativo (com diversos atores, professores, colegas designers, coordenação e principalmente os estudantes) e iterativo (toda aula, unidade e semestre é uma nova oportunidade de melhoria).
Nessa palestra gostaria de compartilhar os imperfeitos aprendizados que tive como: escrever ementas que contemple teoria e prática; que caminhos escolhi para definir os objetivos macro e micro da disciplina; formas de adaptar um plano de aula que faça sentido para o mercado; trabalhar junto com a turma para criar um framework para ideação; e principalmente, como ser professor me tornou um designer melhor.
Sobre a pessoa palestrante
Entusiasta de comunidades acredito ser um imperfeito designer em constante aprendizado e que fica feliz em contribuir. Mestre em Design (UFPE) atuo na área há mais de 15 anos. Atualmente estou service designer e UX researcher na Thoughtworks trabalhando desde pesquisas até melhorias contínuas. Já fui professor de graduação e da pós da CESAR School, ministrando aulas sobre processos de ideação e design de serviço.