Pesquisa com usuários surdos: como entender o estrangeiro em seu próprio país
Tem se tornado cada vez mais comum profissionais de UX encontrarem em seus campos de trabalho usuários surdos.
Segundo o IBGE, até 2010, 9,8 milhões de brasileiros possuíam deficiência auditiva, ou seja, 5,2% da população brasileira. Mas, será que os profissionais da área de Experiência do Usuário estão preparados para atender, pesquisar e pensar no usuário surdo?
O indivíduo surdo não necessariamente entende ou sabe se comunicar na língua escrita de seu país, o que pode trazer barreiras no seu dia a dia, em todos os aspectos de sua vida. Ele pode, portanto, se tornar um estrangeiro em seu próprio pátria.
A formação desde seu nascimento até a pré-escola, sua formação linguística e seu desenvolvimento cognitivo, sua aculturação, devem ser levadas em consideração no momento de pesquisa.
Porém, um outro fator que é desconhecido e essencial para uma pesquisa com o usuário surdo é o de selecionar os profissionais - intérpretes da língua de sinais capazes de não interferir ou comprometer no resultado.
Além de expor os métodos que utilizei para realização de pesquisa com usuários surdos, proponho nessa apresentação indicar o caminho para tomadas de decisões e os fatores importantes e necessários que devem ser tomados para realizar uma pesquisa com usuários surdos que têm como a língua principal a língua de sinais.
Sobre o palestrante
Profissional graduado em Design de Mídia Digital, pós-graduando em em Arquitetura da Informação e UX + Módulo Avançado em Usabilidade, com mais de 10 anos de atuação como designer. Autor de um livro para Crianças Surdas e intérprete da Língua de Sinais há 20 anos.
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